Congada da Festa de São Benedito e Semana da Cultura Caiçara são sucesso em Ilhabela
As festividades contaram com programação religiosa e cultural
A realização das maiores manifestações culturais e folclóricas de Ilhabela, a Congada da Festa de São Benedito e da XIX edição da Semana da Cultura Caiçara, foi sucesso de público de quarta-feira (15) a domingo (19). O evento, uma realização da Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura, e apoio da Associação Cultural dos Congueiros de Ilhabela, da Fundação Arte e Cultura de Ilhabela (Fundaci) e da Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda e Bonsucesso, movimentou o arquipélago durante os dias de celebração.
Com vasta programação religiosa e cultural, com apresentações teatrais e de danças tradicionais, exposições e grandes shows de artistas de renome nacional, como Naiara Azevedo e a dupla Carreiro e Capataz, as festividades, além de fomentar o turismo, priorizaram o resgate da cultura e as raízes caiçaras, contribuindo para que a mais tradicional manifestação cultural do arquipélago não desapareça da história.
A Festa da Congada de São Benedito e Semana da Cultura Caiçara ocorre no terceiro final de semana do mês de maio e é considerada uma grande manifestação de devoção e fé ao santo, bem como um momento de agradecimento pelas graças alcançadas. Durante a programação, elementos como a casa caiçara de pau-a-pique, fogão à lenha, objetos antigos, lendas e outros, foram apresentados para que, quem não conhecesse, pudesse ter um pouco de acesso à cultura caiçara.
Congada da Festa de São Benedito
A manifestação da Congada baseia-se em enredo no qual pai e filho disputam o direito de louvar São Benedito. Ao som de atabaques e marimbas, a apresentação da Congada reúne falas, danças e cantos e narra a desavença entre dois grupos: os fidalgos do Rei de Congo, que é o pai; e o exército do Embaixador de Luanda, que é o filho. Os fidalgos do Rei são chamados também de “Congos de Cima”, vestem-se de azul e são considerados “cristãos”. Já os integrantes do exército do Embaixador podem ser chamados de “Congos de Baixo”, usam vermelho e rosa e são considerados “pagãos”. As danças são divididas em três “bailes”, que misturam dança, encenação e diversas recitações.
