Prefeitura de Ilhabela promove o 1º Simpósio Sobre Transtornos do Espectro Autista

Palestras e trocas de vivências voltadas aos profissionais de saúde e educação integraram a programação

“Fortalecendo Elos, Construindo Ações”! Com este tema, a Prefeitura de Ilhabela, por meio das secretarias de Saúde e Educação e apoio da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) promoveu um encontro entre profissionais da saúde e da educação.

O simpósio começou com a palestra da médica pediatra Heloisa Negrisoli sobre “Epidemiologia e Diagnóstico do Transtorno de Espectro Autista (TEA)”, explanando conhecimentos sobre o que é o TEA; principais incidências; causas do aumento da prevalência; Etiologia Multifatorial e seu componente genético e ambiental; diagnostico clinico; características e escalas para avaliação; Graus do Transtorno do Espectro Autista e diferenças e semelhanças entre o TEA e o TDH.

A pediatra apresentou os resultados de um levantamento estatístico de prevalência de TEA, aplicado em crianças de zero a 19 anos no município de Ilhabela nos anos de 2018 a 2019, com analise no prontuário de 73 pequenos que apontou maior prevalência entre os meninos, com faixa etária entre 7 e 9 anos.  

Em seguida o psicólogo e coordenador do serviço de psicologia do município, Herbert Luckmann, abordou a “Terapia de Base”. De acordo com Herbert, o acolhimento inicia-se com a vigilância acerca dos sinais de problemas de desenvolvimento (rastreio) nas equipes de saúde, educação ou no ambiente familiar. Depois é realizada uma avaliação e classificação diagnóstica (equipe multidisciplinar especializada), para identificação de potencialidades.

O psicólogo encerrou sua palestra apresentando a rede de apoio multidisciplinar da Secretaria de Saúde, por meio do Ambulatório de Saúde Mental Infantil - Atenção Especializada. A equipe é composta por médica pediatra, psicólogas, fonoaudiólogos, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista e assistente social.

A coordenadora do Departamento de Saúde da Apae Ilhabela, Alessandra Marthos Fontes, abordou as “Terapias Complementares”, que, de acordo com ela, referem-se às práticas que podem ser utilizadas simultaneamente aos tratamentos convencionais ou terapias de base. Em seguida, comparou as práticas baseadas em evidências e vivências, e falou sobre a importância da integração sensorial, equoterapia e hidroterapia.

Após uma roda de conversa e um intervalo, o médico psiquiatra Dr. Aldo Casarotto discutiu o “Tratamento Medicamentoso – Quais Evidências Atuais?”. Tratou da desmistificação do tema no combate das fake news, desinformação, psicofobia, ideologias políticas e lobby farmacêutico.

 A Coordenadora do Centro de Apoio Pedagógico de Ilhabela, Mônica Nascimento, encerrou a tarde de conhecimento com “O Papel da Escola no TEA”, e apresentou habilidades acadêmicas, desenvolvimentais e de aprendizagem que devem ser trabalhados dentro do ambiente escolar.

O evento foi encerrado com uma troca de vivências e a apresentação do selo único para pessoas com necessidades especiais, bem como um vídeo educativo.